Ex-atleta e irmão ficaram presos por seis meses
25/08/2020 às 14:14
Após quase seis meses de prisão no Paraguai, Ronaldinho Gaúcho e o irmão Roberto de Assis embarcaram nesta terça-feira (25) para o Brasil. O avião pousou no Rio de Janeiro nesta tarde.
Muitos repórteres aguardavam a chegada do ex-atleta no aeroporto do Galeão. No entanto, Ronaldinho não se manifestou e seguiu para sua residência, na Barra da Tijuca, zona oeste carioca.
O ex-jogador e seu irmão passaram por uma audiência na segunda-feira (24), comandada pelo juiz Gustavo Amarilla no Palácio da Justiça, em Assunção.
De acordo com a decisão, Ronaldinho e o irmão terão que cumprir alguns procedimentos estabelecidos no acordo firmado entre Ministério Público paraguaio e a defesa, como informar endereço fixo no Rio de Janeiro e manter um telefone atualizado com aplicativo para contato.
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Ambos devem pagar um total de US$ 200 mil para a Justiça paraguaia por “danos sociais”. O valor será descontado de um caução de US$1,6 milhão depositado anteriormente numa conta no Banco Nacional de Fomento e que servia como garantia de que não deixariam o Paraguai. A diferença será devolvida aos brasileiros.
O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho desembarca no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na zona norte do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira (25.ago.2020)
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Assis teve suspensão da condenação de dois anos, período em que deve comparecer a cada quatro meses diante de um juiz brasileiro. Ele deverá pagar US$110 mil à justiça paraguaia, valor que será destinado para combate à pandemia do novo Coronavírus.
Ronaldinho terá que pagar US$ 90 mil – US$ 60 mil serão destinados à compra de equipamentos e suprimentos para a Faculdade de Medicina da Universidade de Assunção e US$ 30 mil para a campanha “Somos Todos Bianca”, de apoio a menina que sofre de Atrofia Muscular Espinhal tipo 1 (AME).
Diferentemente do irmão, pelo acordo, Ronaldinho não está obrigado a comparecer às autoridades judiciais e está livre para viajar. Entretanto, caso mude de endereço ou número de telefone celular, precisará comunicar as autoridades paraguaias.
(Edição: Leonardo Lellis)
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