Ex-jogador do Palmeiras alega ter perdido mais de R$ 6 milhões em investimento de criptomoedas
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13/03/2023 às 18:08 | Atualizado 07/04/2023 às 18:18
Scarpa ironiza fala de Willian após relatar golpe: "Precisando orar mais" • Reprodução
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O ex-jogador do Palmeiras Gustavo Scarpa ironizou uma fala de seu ex-colega de clube Willian “Bigode” em uma publicação em rede social nesta segunda-feira (13).
“Tô precisando orar mais, realmente”, escreveu o meia em um stories do Instagram. Atualmente, Scarpa defende o Nottingham Forest, da Inglaterra.
A frase é uma referência a um áudio revelado pelo Fantástico, da TV Globo, enviado por Willian Bigode.
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Scarpa relatou ter tido prejuízo de mais de R$ 6 milhões após ter investido em criptomoedas através de uma empresa indicada por Willian, a Xland Gestora de Investimentos.
Em trocas de mensagens, o atleta relatou a Willian que foi orientado por seu advogado a abrir um boletim de ocorrência por não estar conseguindo reaver o dinheiro investido.
“Scarpinha, agora não tem nem mais questão de confiança, irmão. A questão agora é orar. Fazer o que eu sei. Agora é esperar no Senhor”, respondeu Willian Bigode, em áudio.
Mayke e Scarpa relatam golpe de quase R$ 11 milhões
O jogador Mayke Rocha, lateral-direito do Palmeiras, e Gustavo Scarpa, ex-jogador do time alviverde, afirmam ter perdido dinheiro através do que seria um investimento em criptomoedas. Isso gerou prejuízo de quase R$ 11 milhões para os dois.
O investimento foi fechado em maio do ano passado com uma empresa indicada pela corretora WLJC, que tem como sócio proprietário o jogador Willian, que atualmente está no Fluminense. Os três jogaram juntos por anos no Palmeiras.
O contrato prometia um retorno mensal dos investimentos em valores incomuns, o que não ocorreu efetivamente.
Mayke e Scarpa entraram com processo no Tribunal de Justiça do estado de São Paulo contra a Xland Gestora de Investimentos (empresa responsável pelos investimentos) e alegam que quando tentaram resgatar o dinheiro, não conseguiram. Na Justiça, eles querem rescindir o contrato e reaver os valores.
O processo de Mayke corre na 14ª Vara Cível. Ele pede a condenação dos réus em R$ 7.834.233,61, o que corresponde ao valor inicial investido de R$ 4.583.789,31 mais a sua rentabilidade de R$ 3.250.443,30. Além disso, ele quer a devolução do valor inicial investido.
Já o processo de Gustavo corre na 10ª Vara Cível. Ele solicita que o contrato seja rescindido e também um ressarcimento no valor de R$ 6.300.000,00.
Em nota, os advogados de Willian “Bigode” afirmaram que o atleta também é vítima da empresa Xland e que teria tido prejuízo de mais de R$ 17 milhões. Ele também teria feito aportes com a empresa, mas, quando solicitou os valores, não recebeu qualquer quantia.
Quanto ao processo movido por Gustavo Scarpa, os representantes de Willian ressaltaram que a Justiça determinou o desbloqueio de contas do atleta e demais sócios da WLJC.
“Referida decisão teve como fundamento o fato de não haver qualquer relação contratual entre Scarpa e Willian, WLJC ou as demais sócias da empresa, sendo certo que tanto os aportes financeiros, quanto o contrato, foram firmados diretamente entre Scarpa e a empresa Xland”, pontua a nota.
Por fim, destacam que a WLJC atua apenas com planejamento financeiro, não sendo uma corretora.
A Xland, por sua vez, negou “atividades ilícitas” e ressaltou que foi “vítima” da empresa FTX — uma das maiores plataformas de investimentos com criptomoedas do mundo, que faliu em novembro de 2022.
Também observaram que querem solucionar todos os problemas “de forma positiva” e que Willian Bigode não teria culpa no caso.
Leia a nota de Willian Bigode na íntegra:
“O atleta profissional Willian Gomes de Siqueira esclarece que, assim como Mayke e Scarpa, também é vítima da empresa Xland, já que, somando os rendimentos com o capital aportado, teve um prejuízo de aproximadamente R$ 17.500.000,00 (dezessete milhões e quinhentos mil reais) com a Xland, uma vez que solicitou o resgate dos valores e até hoje não recebeu qualquer quantia.
Ademais, informa que na última sexta-feira (10/03), após ouvir a defesa de Willian e da WLJC Consultoria e Gestão Empresarial no processo movido por Gustavo Henrique Scarpa, a Justiça do Estado de São Paulo determinou o desbloqueio das contas do atleta e dos demais sócios da empresa WLJC.
Referida decisão teve como fundamento o fato de não haver qualquer relação contratual entre Scarpa e Willian, WLJC ou as demais sócias da empresa, sendo certo que tanto os aportes financeiros, quanto o contrato, foram firmados diretamente entre Scarpa e a empresa Xland.
Por fim, destaca-se que a empresa WLJC não é uma corretora e muito menos tem poderes para realizar investimento em nome de seus clientes, atuando exclusivamente no ramo do planejamento financeiro”.
*publicado por Tiago Tortella e Léo Lopes, da CNN
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