Prefeitura do Rio diz que volta de público a jogos de futebol não está garantida

Marcelo Crivella disse que, para a volta do futebol, será necessário o cumprimento de uma série de protocolos que envolvem diversos setores

Gandula desinfecta bola durante jogo Botafogo x Cabofriense no Rio de Janeiro (28/06/2020)

Gandula desinfecta bola durante jogo Botafogo x Cabofriense no Rio de Janeiro (28/06/2020) Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Por Rodrigo Viga Gaier, Reuters

01/07/2020 às 01:40

A presença do público nos estádios de futebol do Rio de Janeiro a partir de 10 de julho não está garantida, afirmou nesta terça-feira (30) o prefeito da cidade, Marcelo Crivella, após assinar decreto no fim de semana prevendo a volta dos torcedores aos jogos na cidade já na próxima semana.

Segundo Crivella, para que o público possa de fato acompanhar os jogos nos estádios será necessário um extenso e rigoroso protocolo, que envolve a federação de futebol do Estado, os clubes, a vigilância sanitária, a polícia, concessionárias de transportes públicos e outros envolvidos.

O prefeito disse que o público só será autorizado nos estádios se houver garantias de que todos os torcedores estarão de máscara dentro das arenas; que haverá um escalonamento na entrada e saída de pessoas dos estádios; que não haverá aglomerações nos transportes públicos para chegada e saída, além de outras medidas.

“Não está garantido que dia 10 vai ter torcida. Nós estamos analisando, pedindo ajuda para a Polícia Militar para verificar se realmente podemos garantir que todo torcedor esteja de máscara, garantir que nos transportes não vai haver aglomeração”, disse Crivella à jornalistas.

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“Estamos fazendo também as nossa pesquisas e vendo como o público encara isso, no sentido de que a medida não traga para a alma e para o espírito do carioca aquele sentido de imprudência”, acrescentou.

O prefeito, em decreto publicado no fim de semana, previu a possibilidade da volta do público aos estádios, com um terço da capacidade, a partir do dia 10 de julho. A medida gerou polêmica, depois que o futebol do Rio já foi o primeiro a voltar no país, na semana retrasada, apesar da oposição de alguns clubes devido à persistência da pandemia de Covid-19.

Nesta terça-feira, o Estado do Rio de Janeiro ultrapassou a marca de 10 mil óbitos pela doença provocada pelo novo coronavírus, sendo a maioria na capital fluminense, que registra 6.550 óbitos. No Estado são 112.661 casos de coronavírus, sendo cerca de metade na capital.

Apesar dos números, o Rio de Janeiro passará nesta semana para a próxima fase do programa de flexibilização das medidas de distanciamento social decretadas contra a Covid-19, com abertura de bares, restaurantes e até academias de ginástica, além de todo o comércio que já fora reaberto recentemente.

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